terça-feira, 29 de novembro de 2011

Educação com luz:


Thainá da Rosa, de 10 anos, prontamente apaga a luz da sala ao primeiro pedido da professora. A turma coloca-se em posição de escuta e quem começa a falar é a menor do grupo: Fernanda Maas, de 11 anos. Com voz suave e tranquila, Fernanda faz a apresentação enquanto sua professora, Lucibel Bresciani, projeta as imagens na tela grande. Finalmente, o projeto inspirado em uma novela, e pesquisado por meses, é mais uma vez divulgado na Escola Municipal Luiz Schroeder, de Santa Cruz do Sul. Sim, o projeto seria apresentado, precisamente, pela terceira vez. Primeiro, entre eles, os integrantes do 5º ano. Depois para alguns educadores da escola e, por último, aos visitantes. Quem divulgou a notícia do projeto pelos corredores da instituição foi a educadora Magda Rigue. “Tu precisas ver, que lindo que ficou aquele trabalho”, dizia ela, a cada um que encontrasse. O “lindo”, dito com entusiasmo e de maneira esticada, gerava curiosidade, formava públicos, e lá estavam os pequenos, de novo, um a um, com o microfone em mãos repetindo suas falas. Diziam que o projeto chamava-se Literatura de Cordel, que cordel teria a ver com barbante, que seria uma espécie de poesia popular que surgiu na Europa e que os portugueses teriam trazido para o Brasil. A turma, inclusive, confeccionou livros com poemas. E essas ideias todas surgiram a partir de uma novela: Cordel Encantado, exibida na Rede Globo e que teve seu “fim” em 2011. CULTURA – Adriano Machado, de 12 anos, o cantor e compositor de rap da turma, aproveitou seu talento para arriscar algumas trovas, também chamadas de desafios. O problema é que não houve desafiantes. Segundo eles, Adriano, nesse quesito, é imbatível. A colega dele, Rafaela Letícia dos Santos, disse que traria o pai, Seu Petry, para um possível enfrentamento com o menino. Petry, segundo a filha, acompanhava a novela e conhecia muito bem a cultura do povo sertanejo. “Meu pai aprendeu e nós também. Com esse projeto a gente aprendeu um pouco mais sobre os hábitos dos nordestinos, que lá tem muita pobreza e que eles têm uma cultura bem particular, assim como nós, gaúchos”, disse Rafaela. Terminada a apresentação, Thainá da Rosa acende a luz. Mas se tiver que apagá-la de novo, ela não se importa. Para ela, como para eles, seria um privilégio apresentar o projeto pela quarta vez.

Fonte: Jornal Gazeta do Sul

Link:http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/315532-educacao_com_luz/edicao:2011-11-29.html

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